Troquei a embreagem, mas fiz cagada!
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longuete
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Troquei a embreagem, mas fiz cagada!
Galera, minha embreagem tava dura feito pedra. Comprei um kit LUK (original) e substituí. Foi brabo: fiquei mais de um dia debaixo do carro. Resolveu o problema de embreagem dura, mas começou um outro. Quando acelero e o carro entra em movimento, a caixa começa a roncar. Dá pra sentir uma leve e rápida vibração no pedal do acelerador. Quando acelero com o carro parado, não faz esse barulho, que tem relação direta com o movimento do veículo. Esse ronco só apareceu quando substituí o kit de embreagem. Ah sim: o ronco acontece mesmo com o carro (em movimento) em ponto morto e independe do mesmo estar ou não engrenado. Lembrando que isso só aconteceu depois que eu substituí o kit de embreagem. Qual foi a cagada que eu devo ter feito?
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- leisanguebom
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carlosfm1987
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embreagem
Lubrificação - as engrenagens, mancais, luvas e anéis sincronizadores necessitam de
lubrificação. Hoje o profissional e usuário devem atentar que para cada caso há um tipo de
óleo específico, calculado em função da temperatura de trabalho, do tipo de engrenagens e
do tipo de serviço executado. Respeitar as informações do manual do proprietário e as
orientações dos manuais de serviço, são obrigações do usuário e do reparador,
respectivamente.
Embreagem - Assim como as caixas de câmbio, os conjuntos de embreagem sofreram
pequenas evoluções que muito contribuíram para o aumento do conforto e prazer ao dirigir.
Por serem componentes com vida útil relativamente longa, muitas vezes são esquecidos no
cronograma de manutenção preventiva. Sua localização e posição de montagem é entre a
caixa de mudanças e o volante do motor.
Sua função é ligar e desligar o motor do sistema de transmissão de forma suave e
progressiva.
A ligação entre o motor e a caixa de mudanças é realizada quando o disco de embreagem é
comprimido pelo platô de encontro ao volante do motor, pelo sistema de comando e
acionamento.
Pertence ao grupo dos órgãos de comando e transmissores de movimento. A embreagem é o
sistema de ligação entre o motor e o câmbio. Fica alojada no interior da caixa seca e fixada
ao volante do motor através de parafusos. Interliga o movimento do motor ao câmbio
através do eixo piloto ou primário. O comando de ligação entre ambos se dá através da
carga aplicada ao pedal de embreagem; este acionamento, geralmente via cabo de aço, já
começa a ser substituído pelo acionamento hidráulico, pelo grau de conforto e precisão que
oferece ao usuário. No acionamento hidráulico, um ou dois pequenos cilindros mestres
encarregam-se de fazer a pressão de acionamento até o garfo de embreagem e deste até o
platô, via rolamento de encosto (colar).
Quando o motor está embreado, as rotações da árvore de manivelas são transmitidas ao
câmbio e daí às rodas, movimentando o veículo. Quando desembreado, é desligado o
movimento da árvore de manivelas.
O conjunto de embreagem pode ser dividido em:
a) disco de fricção
b) disco ou placa de pressão - platô
c) rolamento de encosto - colar
d) garfo de acionamento
Dimensionamento da embreagem - Existe uma embreagem para cada tipo de veículo. O seu
projeto deve obedecer as exigências da montadora e do mercado. Os itens a seguir definirão
o projeto:
a) peso máximo (com carga) do veículo
b) potência e torque do motor
c) relação das marchas do câmbio
d) tipo de utilização
e) relação do diferencial
f) raio dos pneus
De posse dos dados acima, o fabricante do conjunto calcula as cargas, escolhe o material de
fricção e dimensiona a carga do pedal, com o objetivo de que a transmissão seja suave e
progressiva até o câmbio e deste aos demais órgãos da transmissão.
Podemos enumerar as qualidades de um bom projeto de embreagem:
1a) transmitir o torque do motor para o câmbio sem deslizamento (sem patinação);
2ª) eliminar vibrações torcionais durante a partida e em condição de marcha lenta,
amortecendo-as;
3ª) possibilitar trocas de marcha de modo suave, sem solavancos.
Tipos de embreagem:
a) embreagem simples - tipo monodisco a seco
b) embreagem bidisco - dois discos a seco
c) embreagem dupla
d) embreagem multidisco - composta por uma série de discos metálicos colocados lado a
lado
e) embreagem cônica
f) embreagem hidráulica
Tipos de acionamento e componentes - Atualmente tem sido muito comum para o
reparador confundir o acionamento hidráulico com a embreagem hidráulica, que são coisas
distintas. O acionamento é fator primordial para a manutenção do conforto durante toda a
vida útil do conjunto. Segue abaixo a relação de esforço dos tipos de acionamento:
a) embreagem com acionamento do platô puxado (pull): R = 1 / 6 (veículos pesados)
b) embreagem com acionamento do platô empurrado (push): R = 1 / 5 (veículos passeio e
alguns comerciais)
É importante lembrar que ao se acionar a embreagem - aplicação de carga - e a
desembreagem existe um tempo de três segundos até a total imobilidade do disco.
O disco de embreagem - Duas características do disco devem ser observadas durante a
manutenção: se possui amortecimento torcional no cubo e o tipo de revestimento
empregado (cuidado com a peça pirata). A composição básica do disco de embreagem é
(sem asbestos): rayon, borracha, resinas, partículas de cobre, tudo isto misturados a
materiais orgânicos. Hoje temos alguns modelos no mercado com o revestimento a base de
amianto cresotila, opcional por motivos ambientais.
O revestimento pode ser construído de três formas e cada tipo tem uma aplicação específica:
a) revestimento moldado;
b) revestimento enrolado;
c) revestimento trançado.
Em veículos de alto desempenho, são aplicados discos cerametálicos, onde seu coeficiente de
atrito aumenta com a temperatura, proporcionam acionamento mais duro e só devem ser
aplicados em veículos de elevado torque e potência.
Os discos de embreagem podem ser:
a) rígido;
b) com amortecimento torcional.
O platô é chave da ligação entre o motor e o câmbio. Hoje, a maioria dos veículos sai
equipada com o platô do tipo simples, que pode ser:
a) platô de molas helicoidais (em desuso);
b) platô de mola membrana/diafragma, o popular chapéu chinês.
O platô de mola membrana é muito resistente às altas rotações, possui construção
compacta, reduzida altura da carcaça estampada e oferece grande conforto ao usuário
(maciez no acionamento).
Sintomas e Diagnose - os sistemas de comando e acionamento merecem atenção especial
durante a manutenção, embora geralmente sejam relegados ao segundo plano; são grandes
responsáveis pelo correto funcionamento da embreagem.
O projeto de comando é na maioria das vezes de responsabilidade da montadora; as
especificações e orientações de manutenção devem ser respeitadas durante a montagem. Os
itens mais comuns na rotina de manutenção são:
a) rolamento de encosto - deve girar livremente, sem trancos na pista e deslizar com
suavidade sobre a guia.
b) guia do rolamento - não deve ter riscos e calosidades na área de contato com o rolamento
de encosto (colar), pois acarretará resistência no pedal.
c) cabo de embreagem - quando acionado deve correr livre no conduíte (capa). Nada de
"amaciar o cabo", curvas acentuadas devem ser evitadas, deve ser montado buscando o
caminho mais reto possível, sem curvas acentuadas (salvo especificação da montadora, caso
dos veículos VW - ar).
d) O mecanismo de comando é formado por garfos, tirantes ou varões que deslocam luvas
sincronizadoras (montadas entre as engrenagens de velocidade), devendo ter seu
movimento livre e lubrificado. Os comandos não devem permitir que as marchas escapem
(conjunto retém nos garfos internos e no trambulador).
e) pedal e pedaleira - todas as articulações devem ser lubrificadas. Deve ser observado o
tipo de material do embuchamento, antes da aplicação do lubrificante. Buchas de Nylon,
poliamida, celeron ou qualquer outro material sintético, aplicar grafite em pó ou spray;
buchas de bronze, aplicar lubrificante mineral.
f) Platô e disco de embreagem não produzem rangidos. Os rangidos encontram-se no
sistema de acionamento e/ou por falta de lubrificação do garfo e suas buchas.
g) Os ruídos provocados por rolamentos no sistema de embreagem são três: rolamento do
eixo primário do câmbio, rolamento de encosto (colar) e rolamento da ponta do primário
(quando existir).
h) garfo e articulações - examinar quanto a folgas e desgastes irregulares na área de contato
com o colar. Substituir o embuchamento caso sejam encontradas folgas.
i) Observe atentamente as condições da catraca de regulagem automática, se estiverem
avariadas, travadas ou desgastadas, enforcam o platô.
j) Cuidado! Não exagerar na lubrificação do eixo primário (excesso de graxa);
k) rolamento de encosto - nunca deverá ser lavado ou tentar engraxá-lo. Caso apresente
ruídos, substitua. Cuidado com as peças piratas!
Antes e durante a troca, alguns procedimentos devem ser observados:
a) Ao montar o conjunto disco-platô, aperte os parafusos de fixação em cruz ou X, de forma
gradual, sempre respeitando o torque recomendado pelo fabricante.
b) Observe o retentor do eixo piloto (primário). Vazamentos podem chegar até o disco de
embreagem
c) Observe se o garfo de debreagem movimenta-se livremente e sem folgas, se não há
folgas nos pontos de contato do mesmo com o colar.
d) Observe se não há vazamentos de óleo do motor, pela junta do cárter ou pelo retentor da
árvore de manivelas, para o interior da caixa seca.
e) Observe a superfície do volante do motor quanto a trincas, riscos, marcas de
superaquecimento. Alguns fabricantes recomendam a retífica da área de contato com o
disco, outros somente a substituição. De qualquer maneira, caso seja retificado, o volante
deve manter as características dimensionais originais, i.é., deve ser retrabalhada a superfície
de fixação do platô, para que se mantenha a mesma relação de altura original.
f) Ao montar uma nova embreagem, observe a centralização do conjunto motopropulsor.
Durante a montagem, nunca deixe o câmbio apoiado sobre o cubo do disco (durante o
encaixe do câmbio).
g) Monte o platô pré-acionado. Esta recomendação é fundamental para o sucesso do serviço!
Basta um fio de vela e uma prensa hidráulica: apoiando o platô sobre uma superfície plana e
com auxílio de uma chave de encaixe maior que 41mm (pito ou cachimbo, de acordo com o
regionalismo), acionar o platô e inserir um fio de vela entre a mola membrana e a placa de
pressão (deixando uma ponta para puxar depois de apertado no volante do motor!). O
encaixe do conjunto será mais fácil, com menos chances de erros e redução no tempo da
tarefa.
h) O cabo de acionamento pode transmitir as vibrações do motor para a carroçaria, causando
desconforto. Para que isto não ocorra, os cabos são confeccionados com "dampers" de
borracha para absorção destas vibrações. Na hora de ajustagem da altura do pedal de
embreagem, nada de aplicar "calços e complementos" para dar curso ao pedal, isto poderá
comprometer e trazer vibrações ao funcionamento.
PRINCIPAIS PROBLEMAS
Trepidação:
a) cabo de embreagem sem movimento livre;
b) platô que sofreu queda;
c) deformação do platô na hora da montagem, por aperto incorreto;
d) bucha e/ou rolamento do primário grimpado;
e) superfície do disco com resíduos de óleo ou graxa;
f) verificar coxins do motor e/ou transmissão;
g) superaquecimento da placa de pressão;
Embreagem não separa:
a) cubo do disco grimpado no eixo piloto (primário);
b) disco incorreto, superfície com espessura acima do especificado;
c) folga do pedal (curso morto) acima do especificado (> do que 20/30 mm);
d) alavancamento do garfo de acionamento com folga excessiva;
e) oscilação do disco muito acentuada.
Patinação:
a) revestimento desgastado;
b) revestimento oleado
c) carbonização do disco;
d) carga do platô inferior ao especificado.
Dificuldade de engate:
a) mola de retorno deformada, por queda ou uso indevido;
b) estriado do primário danificado por erro de montagem;
c) oxidação das estrias do primário, dificuldade em liberar o disco;
d) revestimento oxidado;
e) molas de amortecimento axial deformadas durante a montagem (apoiar o câmbio no cubo
do disco durante a montagem).
Acionamento pesado:
a) cabo ou haste de acionamento da embreagem desgastados ou desalinhados;
b) guia do rolamento de encosto arranhada;
c) superfície do volante do motor necessitando de retífica;
d) rolamento de apoio do primário desgastado;
e) garfo empenado;
f) próximo ao fim da vida útil do disco-platô, há um aumento de força para o acionamento do
pedal de aproximadamente 50%.
Conforto - buscando otimizar e oferecer algo mais ao usuário, foram incorporados alguns
itens de conforto e segurança ao conjunto de embreagem. Por volta dos anos 80, algumas
lubrificação. Hoje o profissional e usuário devem atentar que para cada caso há um tipo de
óleo específico, calculado em função da temperatura de trabalho, do tipo de engrenagens e
do tipo de serviço executado. Respeitar as informações do manual do proprietário e as
orientações dos manuais de serviço, são obrigações do usuário e do reparador,
respectivamente.
Embreagem - Assim como as caixas de câmbio, os conjuntos de embreagem sofreram
pequenas evoluções que muito contribuíram para o aumento do conforto e prazer ao dirigir.
Por serem componentes com vida útil relativamente longa, muitas vezes são esquecidos no
cronograma de manutenção preventiva. Sua localização e posição de montagem é entre a
caixa de mudanças e o volante do motor.
Sua função é ligar e desligar o motor do sistema de transmissão de forma suave e
progressiva.
A ligação entre o motor e a caixa de mudanças é realizada quando o disco de embreagem é
comprimido pelo platô de encontro ao volante do motor, pelo sistema de comando e
acionamento.
Pertence ao grupo dos órgãos de comando e transmissores de movimento. A embreagem é o
sistema de ligação entre o motor e o câmbio. Fica alojada no interior da caixa seca e fixada
ao volante do motor através de parafusos. Interliga o movimento do motor ao câmbio
através do eixo piloto ou primário. O comando de ligação entre ambos se dá através da
carga aplicada ao pedal de embreagem; este acionamento, geralmente via cabo de aço, já
começa a ser substituído pelo acionamento hidráulico, pelo grau de conforto e precisão que
oferece ao usuário. No acionamento hidráulico, um ou dois pequenos cilindros mestres
encarregam-se de fazer a pressão de acionamento até o garfo de embreagem e deste até o
platô, via rolamento de encosto (colar).
Quando o motor está embreado, as rotações da árvore de manivelas são transmitidas ao
câmbio e daí às rodas, movimentando o veículo. Quando desembreado, é desligado o
movimento da árvore de manivelas.
O conjunto de embreagem pode ser dividido em:
a) disco de fricção
b) disco ou placa de pressão - platô
c) rolamento de encosto - colar
d) garfo de acionamento
Dimensionamento da embreagem - Existe uma embreagem para cada tipo de veículo. O seu
projeto deve obedecer as exigências da montadora e do mercado. Os itens a seguir definirão
o projeto:
a) peso máximo (com carga) do veículo
b) potência e torque do motor
c) relação das marchas do câmbio
d) tipo de utilização
e) relação do diferencial
f) raio dos pneus
De posse dos dados acima, o fabricante do conjunto calcula as cargas, escolhe o material de
fricção e dimensiona a carga do pedal, com o objetivo de que a transmissão seja suave e
progressiva até o câmbio e deste aos demais órgãos da transmissão.
Podemos enumerar as qualidades de um bom projeto de embreagem:
1a) transmitir o torque do motor para o câmbio sem deslizamento (sem patinação);
2ª) eliminar vibrações torcionais durante a partida e em condição de marcha lenta,
amortecendo-as;
3ª) possibilitar trocas de marcha de modo suave, sem solavancos.
Tipos de embreagem:
a) embreagem simples - tipo monodisco a seco
b) embreagem bidisco - dois discos a seco
c) embreagem dupla
d) embreagem multidisco - composta por uma série de discos metálicos colocados lado a
lado
e) embreagem cônica
f) embreagem hidráulica
Tipos de acionamento e componentes - Atualmente tem sido muito comum para o
reparador confundir o acionamento hidráulico com a embreagem hidráulica, que são coisas
distintas. O acionamento é fator primordial para a manutenção do conforto durante toda a
vida útil do conjunto. Segue abaixo a relação de esforço dos tipos de acionamento:
a) embreagem com acionamento do platô puxado (pull): R = 1 / 6 (veículos pesados)
b) embreagem com acionamento do platô empurrado (push): R = 1 / 5 (veículos passeio e
alguns comerciais)
É importante lembrar que ao se acionar a embreagem - aplicação de carga - e a
desembreagem existe um tempo de três segundos até a total imobilidade do disco.
O disco de embreagem - Duas características do disco devem ser observadas durante a
manutenção: se possui amortecimento torcional no cubo e o tipo de revestimento
empregado (cuidado com a peça pirata). A composição básica do disco de embreagem é
(sem asbestos): rayon, borracha, resinas, partículas de cobre, tudo isto misturados a
materiais orgânicos. Hoje temos alguns modelos no mercado com o revestimento a base de
amianto cresotila, opcional por motivos ambientais.
O revestimento pode ser construído de três formas e cada tipo tem uma aplicação específica:
a) revestimento moldado;
b) revestimento enrolado;
c) revestimento trançado.
Em veículos de alto desempenho, são aplicados discos cerametálicos, onde seu coeficiente de
atrito aumenta com a temperatura, proporcionam acionamento mais duro e só devem ser
aplicados em veículos de elevado torque e potência.
Os discos de embreagem podem ser:
a) rígido;
b) com amortecimento torcional.
O platô é chave da ligação entre o motor e o câmbio. Hoje, a maioria dos veículos sai
equipada com o platô do tipo simples, que pode ser:
a) platô de molas helicoidais (em desuso);
b) platô de mola membrana/diafragma, o popular chapéu chinês.
O platô de mola membrana é muito resistente às altas rotações, possui construção
compacta, reduzida altura da carcaça estampada e oferece grande conforto ao usuário
(maciez no acionamento).
Sintomas e Diagnose - os sistemas de comando e acionamento merecem atenção especial
durante a manutenção, embora geralmente sejam relegados ao segundo plano; são grandes
responsáveis pelo correto funcionamento da embreagem.
O projeto de comando é na maioria das vezes de responsabilidade da montadora; as
especificações e orientações de manutenção devem ser respeitadas durante a montagem. Os
itens mais comuns na rotina de manutenção são:
a) rolamento de encosto - deve girar livremente, sem trancos na pista e deslizar com
suavidade sobre a guia.
b) guia do rolamento - não deve ter riscos e calosidades na área de contato com o rolamento
de encosto (colar), pois acarretará resistência no pedal.
c) cabo de embreagem - quando acionado deve correr livre no conduíte (capa). Nada de
"amaciar o cabo", curvas acentuadas devem ser evitadas, deve ser montado buscando o
caminho mais reto possível, sem curvas acentuadas (salvo especificação da montadora, caso
dos veículos VW - ar).
d) O mecanismo de comando é formado por garfos, tirantes ou varões que deslocam luvas
sincronizadoras (montadas entre as engrenagens de velocidade), devendo ter seu
movimento livre e lubrificado. Os comandos não devem permitir que as marchas escapem
(conjunto retém nos garfos internos e no trambulador).
e) pedal e pedaleira - todas as articulações devem ser lubrificadas. Deve ser observado o
tipo de material do embuchamento, antes da aplicação do lubrificante. Buchas de Nylon,
poliamida, celeron ou qualquer outro material sintético, aplicar grafite em pó ou spray;
buchas de bronze, aplicar lubrificante mineral.
f) Platô e disco de embreagem não produzem rangidos. Os rangidos encontram-se no
sistema de acionamento e/ou por falta de lubrificação do garfo e suas buchas.
g) Os ruídos provocados por rolamentos no sistema de embreagem são três: rolamento do
eixo primário do câmbio, rolamento de encosto (colar) e rolamento da ponta do primário
(quando existir).
h) garfo e articulações - examinar quanto a folgas e desgastes irregulares na área de contato
com o colar. Substituir o embuchamento caso sejam encontradas folgas.
i) Observe atentamente as condições da catraca de regulagem automática, se estiverem
avariadas, travadas ou desgastadas, enforcam o platô.
j) Cuidado! Não exagerar na lubrificação do eixo primário (excesso de graxa);
k) rolamento de encosto - nunca deverá ser lavado ou tentar engraxá-lo. Caso apresente
ruídos, substitua. Cuidado com as peças piratas!
Antes e durante a troca, alguns procedimentos devem ser observados:
a) Ao montar o conjunto disco-platô, aperte os parafusos de fixação em cruz ou X, de forma
gradual, sempre respeitando o torque recomendado pelo fabricante.
b) Observe o retentor do eixo piloto (primário). Vazamentos podem chegar até o disco de
embreagem
c) Observe se o garfo de debreagem movimenta-se livremente e sem folgas, se não há
folgas nos pontos de contato do mesmo com o colar.
d) Observe se não há vazamentos de óleo do motor, pela junta do cárter ou pelo retentor da
árvore de manivelas, para o interior da caixa seca.
e) Observe a superfície do volante do motor quanto a trincas, riscos, marcas de
superaquecimento. Alguns fabricantes recomendam a retífica da área de contato com o
disco, outros somente a substituição. De qualquer maneira, caso seja retificado, o volante
deve manter as características dimensionais originais, i.é., deve ser retrabalhada a superfície
de fixação do platô, para que se mantenha a mesma relação de altura original.
f) Ao montar uma nova embreagem, observe a centralização do conjunto motopropulsor.
Durante a montagem, nunca deixe o câmbio apoiado sobre o cubo do disco (durante o
encaixe do câmbio).
g) Monte o platô pré-acionado. Esta recomendação é fundamental para o sucesso do serviço!
Basta um fio de vela e uma prensa hidráulica: apoiando o platô sobre uma superfície plana e
com auxílio de uma chave de encaixe maior que 41mm (pito ou cachimbo, de acordo com o
regionalismo), acionar o platô e inserir um fio de vela entre a mola membrana e a placa de
pressão (deixando uma ponta para puxar depois de apertado no volante do motor!). O
encaixe do conjunto será mais fácil, com menos chances de erros e redução no tempo da
tarefa.
h) O cabo de acionamento pode transmitir as vibrações do motor para a carroçaria, causando
desconforto. Para que isto não ocorra, os cabos são confeccionados com "dampers" de
borracha para absorção destas vibrações. Na hora de ajustagem da altura do pedal de
embreagem, nada de aplicar "calços e complementos" para dar curso ao pedal, isto poderá
comprometer e trazer vibrações ao funcionamento.
PRINCIPAIS PROBLEMAS
Trepidação:
a) cabo de embreagem sem movimento livre;
b) platô que sofreu queda;
c) deformação do platô na hora da montagem, por aperto incorreto;
d) bucha e/ou rolamento do primário grimpado;
e) superfície do disco com resíduos de óleo ou graxa;
f) verificar coxins do motor e/ou transmissão;
g) superaquecimento da placa de pressão;
Embreagem não separa:
a) cubo do disco grimpado no eixo piloto (primário);
b) disco incorreto, superfície com espessura acima do especificado;
c) folga do pedal (curso morto) acima do especificado (> do que 20/30 mm);
d) alavancamento do garfo de acionamento com folga excessiva;
e) oscilação do disco muito acentuada.
Patinação:
a) revestimento desgastado;
b) revestimento oleado
c) carbonização do disco;
d) carga do platô inferior ao especificado.
Dificuldade de engate:
a) mola de retorno deformada, por queda ou uso indevido;
b) estriado do primário danificado por erro de montagem;
c) oxidação das estrias do primário, dificuldade em liberar o disco;
d) revestimento oxidado;
e) molas de amortecimento axial deformadas durante a montagem (apoiar o câmbio no cubo
do disco durante a montagem).
Acionamento pesado:
a) cabo ou haste de acionamento da embreagem desgastados ou desalinhados;
b) guia do rolamento de encosto arranhada;
c) superfície do volante do motor necessitando de retífica;
d) rolamento de apoio do primário desgastado;
e) garfo empenado;
f) próximo ao fim da vida útil do disco-platô, há um aumento de força para o acionamento do
pedal de aproximadamente 50%.
Conforto - buscando otimizar e oferecer algo mais ao usuário, foram incorporados alguns
itens de conforto e segurança ao conjunto de embreagem. Por volta dos anos 80, algumas
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longuete
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Mas não é muita coincidência o barulho aparecer justamente quando eu troquei a embreagem? Com relação ao colar, não acredito que seja, pois o mesmo só entra em funcionamento quando o pedal da embreagem é acionado e o barulho aparece independente do acionamento do pedal. Muito estranho isso... também desconfio que o kit esteja com problema.leisanguebom escreveu:fala ae longuete, cara tu vai ter que levar num mecanico pra dar uma conferida, pode ser algum rolamneto de caixa que esteja roncando pode ser tambem o colar da embreagem nova ele é tipo um rolamento. qualquer coisa posta ae. vlw :y:
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Pois é! Meu amigo (que é mecânico) falou a mesma coisa. Difícil de acreditar...leonardo emilio escreveu:cara se o barulho só aparece se o carro estiver em movimento pode ser rolamentos das rodas e do barulho aparecer só depois de vc ter mexido na enbreagem pode ter sido pura coicidencia
Ontem, quando cheguei em casa, coloquei o macaco na balança do lado direito e suspendi a roda uns 5 cm do chão. Tendo o cuidado de manter a roda esquerda no chão, virei o motor, engrenei a 1ª e acelerei. Nada de barulho. Engatei a 2ª, a 3ª, etc e não ouvi nada senão o barulho do motor. Fiz o mesmo procedimento no lado esquerdo e tava lá: roncando e roncando bonito. Pra mim foi um alívio saber que não vou precisar retirar a caixa de novo. Hoje vou analisar se o ronco é do rolamento ou da homocinética interna (que foi removida quando eu removi a caixa). Quando giro a roda na mão não faz barulho nenhum. Se fosse rolamento, não deveria fazer barulho até girando a roda na mão? Sei não... tô desconfiado dessa homocinética.
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- leonardo emilio
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Galera, tá resolvido. Na verdade o problema era causado por duas coisas. Uma era o rolamento dianteiro mesmo que estava ruim e roncava. Outra era uma situação inusitada, mas serve de experiência pra mim e pra todos aqui. O eixo que sai da homocinética externa e encaixa na interna não estava totalmente encaixado na homocinética externa. Isso aconteceu (acredito eu) porque o calço de caixa estava quebrado e a caixa estava levemente deslocada para a direita do carro. Com o tempo, a caixa foi puxando o eixo e acabou por retirá-lo de dentro da homocinética externa. A trava que fixa a ponta de eixo na homocinética externa não aguentou a pressão e cedeu. Quando eu troquei o kit de embreagem, vi que o calço de marcha estava estourado e troquei-o. Conclusão: a caixa voltou para o lugar. Como a ponta do eixo não estava completamente encaixada na homocinética externa, a distância entre a homocinética interna e a homocinética externa aumentou (do lado direito). Por isso a homocinética interna passou a trabalhar forçada (fora de centro). Embora ela permita que o eixo deslize para dentro e para fora cerca de 3 cm (a ponta de eixo é fixada por travas na homocinética interna), o eixo estava empurrando, por estar desengatado da homocinética externa, o miolo da interna em direção ao copo da caixa (onde a homocinética interna é fixada) e o miolo dela ficava atritando com o copo. Ufa, foi isso!
Bem, quem conhece o sistema vai entender o que eu tô falando.
Obrigado a todos.
Bem, quem conhece o sistema vai entender o que eu tô falando.
Obrigado a todos.
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- leonardo emilio
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