Hoje vou falar do teste de compressão de cilindro, que é uma das melhores maneiras de se medir a saúde do motor.
Meu carro está melando de óleo o pistão do 1º cilindro, então não sabia se teria que retificar o bloco, pois achava que estava com anéis gastos ou cilindro ovalizado ou se seria retentor de válvulas.
Para tirar a dúvida comprei um medidor de compressão, paguei R$ 260,00 em um da PLANATC (MC 1000).
Meu carro é um Gol 1.8AP a Gasolina - ano 1990, e o resultado do teste foi 150 psi em cada cilindro, sendo que o recomendado é 147 a 176 psi. nada mal para um motor com 225.000 km.
Assim, não fiquei na mão de mecânico que poderia me empurrar uma retífica a toa... como aconteceu a alguns anos ... iria desembolsar R$ 3.500,00 em uma retífica completa, pois o pilantra só tirou uma vela e disse que "Está subindo óleo para vela, o motor está cansado... vai ter que fazer retífica... vai ficar em R$ 3.500,00".
Assim o problema de melar a cabeça do pistão é causado pelo retentor de válvula que está gasto... depois peço pra arrumar isso... nada grave.
Vejam abaixo como é fácil fazer o teste de compressão:
"O uso do compressímetro é bastante simples:
- Coloque o motor para funcionar em marcha-lenta até atingir a temperatura normal de funcionamento, e então desligue-o;
- Remova as velas de ignição e desligue a alimentação da bobina de ignição e os bicos injetores para evitar acidentes;
- Instale o adaptador do compressímetro na rosca da vela do cilindro 1;
- Abra completamente a borboleta de aceleração e vire o motor de partida por 5 segundos;
- Anote o valor registrado da pressão para este cilindro;
- Repita os três procedimentos anteriores para todos os cilindros;
- Em cada cilindro, derrame o equivalente a uma colher de chá de óleo de motor pelo buraco da vela e depois dê a partida por 2 ou 3 segundos;
- Repita o procedimento de leitura da pressão em todos os cilindros, anotando os resultados.
Em um motor saudável a diferença entre os cilindros de maior e de menor compressão não deve ser superior a 10%. Para sabermos em valores absolutos se este motor está saudável ou não é preciso conferir o valor nominal fornecido pelo fabricante. Na falta deste valor, pode-se ter uma boa ideia através de um cálculo bem simples:
A pressão indicada no compressímetro deve ser, no mínimo, igual à pressão atmosférica vezes a taxa de compressão do motor.
Por exemplo, um motor com taxa de compressão 10:1 deve oferecer uma leitura mínima de 10 atmosferas, 10 bar, ou algo em torno de 150 lb/pol² (psi), lembrando que 1 atm = 14,7 lb/pol². Valores esperados devem estar de 10 a 15% mais elevados que este, dependendo do motor.
Esta fórmula serve para motores de 4 tempos. Motores de 2 tempos usam uma fórmula um pouco diferente.
A comparação entre o primeiro teste de compressão e o segundo serve para diagnosticar se a perda de compressão ocorre pela parte alta ou baixa do motor.
Ao ser colocado o óleo antes do segundo teste e dar uma partida curta, este óleo cria um filme espesso de óleo, que ajuda na vedação da parte baixa do motor (cilindro, pistão e anéis).
Caso as leituras de um cilindro variem muito, o vazamento estará na parte baixa, enquanto diferenças pequenas indiquem vazamento na parte superior".
Fonte:
http://www.autoentusiastasclassic.com.b ... motor.html
Obs.: Caso a compressão der abaixo do recomendado, para se saber exatamente onde está o problema no motor (válvulas de admissão, válvulas de escapamento, anéis/cilindros, junta de cabeçote...), se tem que usar um equipamento chamado medidor de vazamento do cilindro, que está bem descrito o seu funcionamento no link acima.